segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Apontamentos sobre a proposta Curricular da SEE/SP

Companheiros(as), a realização da prova para a classificação dos professores OFA´s é um grande absurdo. Com nossa greve de 21 dias, fomos capaz de transformar a prova que seria eliminatória em classificatória, porém não conseguimos derrubá-la.
Apesar de termos convicção que essa prova é um absurdo e que a Proposta Curricular da SEE/SP não é possível de ser aplicada, pois não ataca os principais problemas da educação que são salas super-lotadas, baixos salários dos profissionais em educação e jornada estafante, além de manter a "promoção automática".
Apesar disso, estamos disponibilizando oo slides da palestra sobre a Proposta Curricular da SEE com o objetivo de contribuir para minimizar os prejuízos que essa prova trará aos professores(as).
Proposta Curricular da Secretaria Estadual de Educação – São Paulo



·
Visa atender às necessidades de APRENDIZAGEM dos alunos e AJUDAR professores e escolas;

· É uma ação relacionada a um plano político para a educação oferecida pelo sistema estadual;


· Deve ser definida com AUTONOMIA pela escola, desde que dentro das regras/limites dos Sistemas de Ensino (Plano Curricular)



Objetivos do Governo:

· Das 10 metas estabelecidas pela SEE/SP, 4 tem relação direta com a melhoria do aprendizado do aluno.

1) Redução de 50% nas taxas de reprovação (8º série);

2) Redução de 50% nas taxas de reprovação (ensino médio);


3) Implantação de programas de recuperação de aprendizagem nas séries finais (2º, 4º, 8º do Ensino Fundamental e 3º série do ensino médio);

4) Aumento de 10% nos índices de desempenho do Ensino Fundamental e Médio nas avaliações externas.



Lema da Escola:

“Os alunos tem o direito de aprender”




Apresentação:

Proposta Curricular pretende apoiar o trabalho nas escolas e contribuir para melhorar a qualidade da aprendizagem do aluno.

Duas iniciativas complementares –1) levantamento do acervo documental e Pedagógico;
2)processo de consulta as escolas (trocar boas experiências educacionais)

Base é a “Sociedade do Conhecimento”

Tornar a escola apta para preparar o aluno para os novos tempos;

Priorizar a COMPETÊNCIA de leitura e escrita;

Define a escola como espaço de cultura e de articulação de competências e conteúdos disciplinares;

APRENDIZAGEM – é o resultado da coordenação de ações entre as disciplinas, do estímulo a vida cultural da escola e do fortalecimento de suas relações com a comunidade.

CONTEÚDO – aquilo que se contém nalguma coisa/compreensão.
HABILIDADES – capacidade intelectual geral, aptidão específica, pensamento criativo ou produtivo.
COMPETÊNCIA – qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto, fazer determinada coisa: capacidade; habilidade.





Uma Educação à Altura dos desafios Contemporâneos


Sociedade do Século XXI é cada vez mais caracterizada pelo uso intenso do CONHECIMENTO (sociedade produto da Revolução Tecnológica);

Nova Exclusão (acesso à tecnologia de comunicação hoje mediam acesso ao conhecimento e aos bens culturais;

Com mais gente estudando, diploma não é mais um diferencial, com valorização de características COGNITIVAS e AFETIVAS, capacidade de trabalho em grupo, cooperação;

Diferencial é a “Qualidade da Educação” para:

1) desenvolver o pensamento autônomo;
2) “Ofício do Aluno” é aprender.

Nossa civilização reduz distâncias (acesso à informação) e acentua diferenças culturais, sociais e econômicas;

Só a Educação de Qualidade para todos pode evitar que essas diferenças constituem mais um fator de exclusão;

Temos que desenvolver: autonomia para gerenciar a própria aprendizagem (aprender a aprender); (aprender a fazer e a conviver).
COGNITIVO – relativo a cognição, ou ao conhecimento.

Princípios Centrais da Proposta Curricular

Escola Que Aprende;
Currículo Como Espaço De Cultura;
Competências Como Eixo De Aprendizagem;
Prioridade Da Competência De Leitura E Da Escrita;
Articulação Das Competências Para Aprender;
Contextualização Do Mundo Do Trabalho.

I – Escola Que Também Aprende

Tecnologia imprime um ritmo sem precedentes no acúmulo de conhecimento;
Capacidade de aprender deve ser trabalhada não apenas no aluno, mas também na própria escola e nos docentes;
De escola que ENSINA, nos transformamos em escola que APRENDE a ENSINAR;
Princípio – ninguém conhece tudo, conhecimento é coletivo e maior que a soma dos conhecimentos individuais e qualitativamente diferentes;
Formar uma “Comunidade Aprendente”
Construção Coletiva da Proposta Pedagógica, reflexão e prática compartilhada fazem parte de uma escola à altura dos tempos atuais.
CURRÍCULO – matérias constante em um curso



II - Currículo Como Espaço De Cultura

Cultura é associada à folclore, divertimento e lazer;
Conhecimento é associado a um inalcançável saber;

É PRECISO ACABAR COM ESSA DICOTOMIA

Currículo é a expressão de tudo que existe na cultura científica, artística e humanística, transposta para uma situação de aprendizagem e ensino;
Atividade extraclasse não são EXTRACURRÍCULAR;
Romper a dicotomia CULTURA e CONHECIMENTO é a forma de conectar o currículo à vida;
Escola com vida cultural ativa, o conhecimento se torna um prazer.

III – As Competências como Referência

Currículo que promove competências tem o compromisso de articular as disciplinas e as atividades escolares;
Currículo que promove competência significa aceitar a promoção de cada disciplina articulada as competências e habilidades do aluno;
Competências são modos de ser, raciocinar e interagir.
São alunos entre 11 e 18 anos – desenvolver competência é ponderar aspectos curriculares e docentes, os recursos cognitivos, afetivos e sociais de que os alunos dispõem.

Tríade sobre competência e Habilidade

a) adolescente – característica de sua ação e pensamento;
b) professor – características pessoais e profissionais e a qualidade de sua mediação;
c) conteúdos das disciplinas e as metodologias para o ensino e aprendizagem.

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação – nº 9394/96) deslocou o foco do ensino para a aprendizagem;
Tem que indicar o que o aluno vai aprender;
Significa democratizar a escola;
Direito Básico (na Lei) de adquirir conjunto básico de competência;
É preciso tratar diferente os desiguais para garantir a base comum;
A transição da cultura do Ensino para a cultura do Aprendizado é coletivo.

IV – Prioridade para a Competência da Leitura e Escrita

Ser-humano é um ser de linguagem daí decorre o resto;
Escrita amplia o poder de comunicação – inclui pessoas longes no tempo e no espaço;
É na adolescência que: “a linguagem adquire qualidade para compreender e agir sobre o mundo real”
Na escola que ocorre a transmissão, entre gerações, do ativo cultural da humanidade, seja artístico e literário, histórico e social, seja científico e tecnológico. Em cada uma dessas áreas a linguagem é essencial;
Linguagens são SISTEMAS SIMBÓLICOS. (recortamos e representamos o nosso exterior);
Na nossa sociedade, as linguagens e os códigos se multiplicam (gráficos, diagramas, fotografias, desenhos e etc);
Para acompanhar tal contexto a competência de leitura e escrita nessa proposta vai além da linguagem verbal, e refere-se a sistema simbólico;
Essa competência visa desenvolver pensamento ANTECIPATÓRIO, COMBINATÓRIO, PROBABILÍSTICO que permita estabelecer HIPÓTESES;
Objetivo é a centralidade da linguagem no desenvolvimento da criança e do adolescente;

CRIANÇA –falar, pensar e sentir como compreensão (compreender);
ADOLESCENTE – falar, pensar e agir como forma de linguagem.

LINGUAGEM – é uma forma de compreensão e ação sobre o mundo;
- é possível calcular hipóteses, sem ter que fazê-la;
- permite formular projeto de vida e tecer sonhos de transformação do mundo.

Por sua centralidade essa Proposta Curricular prioriza a COMPETÊNCIA de Leitura e Escrita.
É essencial para o aprendizado de todas as áreas disciplinares, por isso é o objetivo de todos e de responsabilidade de todos os professores;
Domínio da Língua conquista AUTONOMIA, chave para acesso as informações.

V – Articulação das Competências Para Aprender

Aprendizado é o centro da atividade escolar;
PROFESSOR - é o profissional da aprendizagem e não tanto do ensino;
- explica o conteúdo, organiza situações, promove conhecimentos;

“EDUCAR PARA A VIDA”

Conhecimentos para a Vida – competências são gerais e constantes;
- conteúdos são específicos e variados;

Vários conteúdos legitimam ação do Sistema de Ensino;
Novas tecnologias da informação produzem mudanças na produção;
Escola NÃO é única detentora da informação e do conhecimento;
Escola prepara o aluno para viver na sociedade da informação;

Não se exige mais Quantidade de Ensino, mas sim Qualidade de Aprendizagem;

Conteúdos também são importantes;
Mas a Competência é VITAL – permite continuar aprendendo


COMPETÊNCIAS PARA APRENDER (referência no ENEM)

1) “Dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemáticas, artísticas e ciêntíficas.”
Ler
Escrever
Interpretar (atribuir sentido ou significado)
Assumir autoria individual ou coletiva
(tornar-se responsável)

2) “Construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos históricos-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.”

Ler Escrever
Modo de compreender, assimilar experiências ou conteúdos.
Expressar sua construção ou reconstrução com sentido, aluno por aluno.

3) “Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representadas de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problemas”

Ler
Escrever
Antecipar ação para intervir no fenômeno e resolver os problemas.
Dominar os muitos formatos que a solução do problema comporta.

4) “Relacionar informações representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente”

Ler
Escrever
Capacidade de escutar, supor, informar-se, relacionar-se, comparar e etc
Dominar os códigos, reconstruir argumentos, com liberdade, mas com regras e responsabilidade.

5) “Recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaborar propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sócio-cultural”

Ler
Escrever
Antecipar uma intervenção, tomar decisão, dentro de alguns valores.
Plano para intervenção, levantar hipóteses.

NA REALIZAÇÃO DE PROJETOS ESCOLARES ALUNOS APRENDEM A CRITICAR, RESPEITAR E PROPOR PROJETOS VALIOSOS PARA TODA A SOCIEDADE;

APRENDER A LER E ESCREVER AS COISAS DO MUNDO ATUAL, RELACIONANDO AÇÕES LOCAIS COM VISÃO GLOBAL, POR MEIO DA ATUAÇÃO SOLIDÁRIA.

VI – Articulação Com O Mundo Do Trabalho

Contextualização – LDB 9394/96 / Diretrizes Curriculares Nacionais / recomendação dos PCN´s do Ensino Médio;

Tópicos do Conjunto Legal Normativo:
a) Compreensão do significado das ciências, das letras e das artes;
b) Compreender o sentido é reconhecer, apreender e partilhar a cultura;

LDB – não objetiva formar especialistas, nem profissionais;
- alunos precisam construir as competências para reconhecer, identificar e ter visão crítica do conhecimento;
- ensino básico – “significado das ciências, das artes e das letras”

Que limitações e potências têm os enfoques próprios das áreas?
Que práticas humanas, das mais simples as mais complexas, tem fundamento ou inspiração nessa ciência, arte ou áreas do conhecimento?
Quais as grandes polêmicas nas várias disciplinas ou áreas de conhecimento?


A relação entre teoria e prática em cada disciplina do Currículo

Relação teoria e prática envolvem algo observável, prático;
Teoria e Prática em cada disciplina (em Lei);
Ex: História – considerada teórica / nada é mais prático que entender a origem da cidade e as razões da configuração urbana;
Ex: Química – considerada prática / nada mais teórico do que a tabela periódica / Também serve para ajudar entender e decidir sobre uso dos alimentos (agrotóxicos, conservantes e etc)


A relação entre educação e tecnologia

LDB – educação tecnológica é uma diretriz;
“Compreensão dos fundamentos científicos dos processos produtivos”
No final do Ensino Básico o aluno deve adquirir as COMPETÊNCIAS como o ‘domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna.’


Tecnologia com duas acepções:

a) Educação Tecnológica Básica
Alfabetização tecnológica;
Entender tecnologias da história humana;
Aprender a conviver em um mundo com forte presença da tecnologia;
Ex: tarja magnética, celular, código de barra, são incorporados a vida independente de sua condição sócio-econômica.
b) Como compreensão dos fundamentos científicos e Tecnolçógicos da Produção
Compreensão de fundamentos científicos e tecnológicos da produção;
Tecnologia é a chave para relacionar currículo ao mundo da produção de bens e serviços;
Ligar a produção de bens e serviços necessários para viver.


A prioridade para o contexto do Trabalho

TRABALHO – enquanto produção de bens e serviços é a prática humana mais importante para conectar conteúdo e realidade;
Vínculo com o Trabalho carrega vários sentidos:

FILOSÓFICO

Valor do trabalho incide na vida escolar;
Valorização dos trabalhadores da escola e da família;
Respeito aos trabalhadores da comunidade;
Trabalho como produtor da riqueza;
Reconhecimento que um dos fundamentos da desigualdade social é a remuneração injusta do trabalho;
Valorizar o trabalho é criticar o bacharelismo ilustrado (ensino para classes sociais privilegiadas).
PEDAGÓGICO
Incluir os tipos de trabalho e carreiras profissionais aos quais se aplicam os conhecimentos das áreas ou disciplinas curriculares.


SÍNTESE: TRABALHO COMO VALOR – RESPEITO PELA SOCIEDADE
TRABALHO COMO TEMA – CONTEÚDO CURRÍCULAR


O contexto do trabalho no Ensino Médio

Ensino desvinculado da prática (separou formação geral e profissional no Brasil);
Lei 5692/71 – descaracterizou a formação geral sem ganhos profissionais;
LDB – acompanha as mudanças na organização do trabalho
Finalidade do Ensino Médio: “preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação e aperfeiçoamento posteriores.”

A lei não recupera a formação profissional e também não chancela o caráter apenas propedêutico;
Trata-se de entender o que vem a ser a preparação básica para o trabalho (DCN);
Abre possibilidades do Sistema de Ensino ou escolas tenham ênfases curriculares diferentes, com autonomia para eleger as disciplinas específicas e suas cargas horárias dentro das 3 grandes áreas instituídas pela DCN, desde que garanta a presença das 3 áreas.
Preparação básica para o trabalho – aprendizagem de conteúdos disciplinares que sejam também pré-requisitos da formação profissional;
Flexibilização da duração dos cursos técnicos, permitindo o aproveitamento do estudo já realizado;
Preparação básica para o trabalho em determinada área profissional, pode ser realizada em disciplinas de formação básica do Ensino Médio com mais carga horária de disciplina que melhor prepare para o curso profissional de nível técnico escolhido;
Articulação dos currículos de formação geral e profissional, onde o primeiro encarrega-se das COMPETÊNCIAS básicas;
Pressupõe que disciplinas do currículo do Ensino Médio não sejam apenas propedêuticas nem tampouco voltadas estreitamente para o vestibular.


A Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias


1) A presença das Ciências da Natureza na Sociedade contemporânea

Estão presentes sob muitas formas:

Na cultura e na vida em sociedade;
Na investigação dos materiais, das substâncias, da vida, do cosmos;

Associam-se a técnicas nos:

Setores de produção e de serviços;
Na agropecuária, na medicina;
Na indústria, no setor financeiro;
Nos transportes, na comunicação e informação;
Nos armamentos bélicos e aparelhos domésticos.

Desenvolvimento científico-tecnológico transforma a prática social como com a expansão da telefonia celular e a rede mundial de computadores.

Ciências da Natureza
Tem também dimensão filosófica, pois permite conjecturar sobre a origem e o sentido do cosmos
São as bases conceituais para intervenção prática que pode ser destrutiva (tecnologia bélica) ou de valores humanos (critérios para interpretar a humanidade);
Tem grande Beleza, pois amplia a visão de mundo (Genética / Moléculas / elementos químicos- Complexo), mas também tem Simplicidade, por exemplo, o princípio da conservação de energia se aplica ao vôo de um colibri ou a emissão de luz por um átomo.
É necessária uma alfabetização científico-tecnológico

Ex: ph 4,5 – ácido / quilowatt hora / caloria / joule / converter unidades

Jovens que concluem o Ensino Básico devem saber se expressar e se comunicar com as linguagens da ciência e fazer uso de seus conhecimentos

2) A Aprendizagem na Área das Ciências da Natureza na Educação Básica

Disciplinas são campos de investigação e de sistematização dos conhecimentos (transitam pelo mesmo objeto);
Nem sempre se estabelecem fronteiras nítidas entre as disciplinas;
Reunião de disciplinas na mesma área se deve a essas fronteiras;
Também é um recurso pedagógico – aprendizagem disciplinar não tem um sentido autônomo;
Ciências da Natureza é uma área que organiza a aprendizagem;
Biologia, Física e Química tem métodos próprios e conceitos, métodos e procedimentos comuns;

Seriação:
Ensino Fundamental II – está integrado em uma única disciplina (Ciências)
5º e 6º séries – ênfase na realidade do aluno;
7º e 8º séries – mais abrangente (comportamento / biosfera / percepção cósmica)
É possível identificar muitas tecnologias presentes na produção industrial, na agropecuária, comunicação e etc.

Ensino Médio
Maior aprofundamento conceitual com 3 disciplinas (Biologia, Física e Química);
Organização curricular mais detalhada;

Ciências da Natureza tem interface com as Ciências Humanas
(períodos históricos / disputas internacionais)

Ciências da Natureza tem interface com Linguagem e Códigos
(conceito e domínio das linguagens – ex: “grãos transgênicos”)

Ensino Médio deve promover conhecimento científico-tecnológico, para propiciar tomada de decisões;
LDB – Campos de Competência
- Competência de Linguagem;
- Princípio científico-tecnológico que preside a produção moderna;


Competências gerais
Habilidades gerais e específicas


Representar.

• Comunicar-se.

• Conviver.

• Ler e se expressar com textos, ícones,
cifras, gráficos, tabelas e fórmulas.

• Converter uma linguagem em outra.

• Registrar medidas e
observações.

• Descrever situações.

• Planejar e fazer entrevistas.

• Sistematizar dados.

• Elaborar relatórios.

• Participar de reuniões.

• Argumentar.

• Trabalhar em grupo.

• Investigar e intervir em
situações reais.

• Formular questões.

• Realizar observações.

• Selecionar variáveis.

• Estabelecer relações.

• Interpretar, propor e fazer experimentos.

• Fazer e verificar hipóteses.

• Diagnosticar e enfrentar problemas,
Individualmente ou em equipe.

• Estabelecer conexões e dar contexto.

• Relacionar informações e processos com seus contextos e com diversas áreas de
conhecimento.

• Identificar dimensões
sociais, éticas e estéticas em questões
técnicas e científicas.

• Analisar o papel da ciência e da tecnologia no presente e ao longo da História

Qualificação Pessoal e não ilustração cultural

A Matemática e as áreas de conhecimento

Em todas as épocas e culturas a matemática e a linguagem materna fazer parte dos componentes básicos curriculares;

Tempos Antigos - Função Tríplice da Escola

LER, ESCREVER e CONTAR

PCN propõe 3 grandes áreas:

Linguagens –Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Educação Física e Artes;

Ciências Humanas – História e Geografia / Filosofia (no Ensino Médio);


Ciências Naturais e Matemáticas – Física, Química, Biologia e Matemática / Ensino Médio ;


Debates acalorados sobre:

Matemática incluída nas linguagens;

Matemática incluída nas Ciências Naturais (PCN);



Em São Paulo, desde 1986 a Matemática é uma área específica. Nessa Proposta Curricular será tratado dessa maneira.



Por que uma área específica de Matemática?


Tem 3 razões principais:

Primeira Razão
Compõe com a língua materna um par fundamental, de caráter complementar;
Apesar disso não podemos reduzir uma a outra;
Existe uma diferença entre a precisão da língua e da matemática
Segunda Razão
Incorporar a área de Ciências pode distorcer o fato de a matemática constituir conhecimento específico da educação básica
Terceira Razão
Facilita a incorporação crítica dos inúmeros recurso tecnológicos de que dispomos, na busca da transformação da informação em conhecimento.


Visa uma exploração mais adequada de suas possibilidades de servir outras áreas

A Área de Linguagens, Códigos e suas tecnologias

Compreende Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna (LEM), Arte e Educação Física no Ensino Básico
PCN 2006 – linguagem é a capacidade humana de articular significados coletivos em sistemas arbitrários de representação;
Razão do ato da linguagem é a produção de sentido;
Linguagem e símbolos são meios para o conhecimento;
Trabalha-se primeiro a construção do conhecimento – lingüística / musical / corporal / gestual / imagens / espaço / forma...
Conhecimento da natureza é enciclopédico, sem significação prática é substituído por conteúdos e atividades que possibilitem interação do aluno com sua sociedade e ao meio-ambiente;
Experiência escolar se transforma em VIVÊNCIA que permite ao aluno compreender as diferentes linguagens;
Esse processo exige que o aluno analise, interprete, relacione textos, confronte opiniões e pontos de vista, respeitando as diversas manifestações de linguagens utilizadas por diversos grupos sociais, em sua esfera de socialização;
Significa entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação;
O ser0humano é um ser da linguagem;
É a manipulação adequada e criativa desse patrimônio cultural que possibilita as inovações e as invenções humanas e o contínuo caminhar da sociedade;

Ensino da Arte – tem que trazer reflexão e informação
Não pode se abandonar – o eixo de produção (eixo poético)
o eixo da recepção (eixo estético)
o eixo da crítica

Educação Física – estão indissociáveis corpo, movimento e intencionalidade;

Língua Estrangeira – servir para comunicar;


Apropriação do Conhecimento ocorre com a CONTEXTUALIZAÇÃO


Contextualização Sincrônica – analisa o objeto em seu tempo;

Contextualização Diacrônica – analisa o objeto através do tempo (em outro tempo);

Contextualização Interativa – relaciona o objeto com o universo específico do leitor.

Contextualização remete a reflexão sobre
INTERTEXTUALIDADE e INTERDICIPLINARIEDADE

Como cada objeto se relaciona / Como o mesmo objeto é tratado em diferentes linguagens


A Construção do Conhecimento Humano e o desenvolvimento das Artes, da Ciência, da Filosofia e da Religião só foram possíveis graças a linguagem.


A Área de Ciências Humanas e suas tecnologias

Toda ciência é humana, porém algumas “humanidades” remontam à artes liberais antigas;

Na Idade Média pela Tradição Cristã (Literatura era Sacra ou Profana (caráter laico da humanidade);

No Renascimento se perpétua da condição anterior ;

O Estudo da humanidade até século XIX formou “dos cristãos dos colégios jesuítas, do cidadão das Luzes e do Republicano dos Liceus Modernos.”

Primeira metade do século XX
Ciências Humanas se consolidam como conhecimento científico através da:
Fenomenologia / Estruturalismo / Marxismo.

Ciências Humanas devem desenvolver compreensão do significado de identidade, da sociedade e da cultura, que configuram os campos de conhecimento das Ciências Humanas;

Atualidade compreende: História / Geografia / Filosofia / Sociologia / Psicologia além de Política / Antropologia / Economia;


Estuda seres-humanos e suas múltiplas relações fundamentadas por meio da articulação entre estes diversos saberes;


Conjunto desta ciência permite ao jovem estudante:

Compreender as relações entre sociedades diferentes;
Analisar problemas da sociedade;
Analisar a relação do homem com a natureza;
Refletir sobre ações e contradições da sociedade em relação a si próprio e ao ambiente.





João Zafalão
Síntese da Proposta Curricular
da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo

Não à BNCC!